terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pessoas


Pessoas, pessoas… pelas ruas, estradas e jardins, pessoas que vivem, pessoas que se movem, pessoas que se encontram, pessoas que interagem.

Olhares cruzados, palavras trocadas, e mais movimento, mais colisões, num desordenado caos divino.

Pessoas que correm o mundo para encontrar o seu caminho… pessoas que ficam mas continuam, perdidas… pessoas que falam, línguas, toques e olhares…

Pessoas que deixam memórias que são a matéria de que nos criamos

E assim somos feitos de mil… sem sabermos, temos o mundo em nós… trago em mim todas as gentes que conheci e tenho-as a meu lado a cada passo que dou. Sou feita de uma multiplicidade de histórias, tecidos e remendos…

e sinto-me a pessoa mais rica deste mundo…

Ao som de: Bonnie Prince Billy - “You remind me of Something”, música apontada no meu Bloco, por um viajante belga, que aconteceu se cruzar comigo nas ruas de Malmö, numa tarde de Verão

Hábitos Suecos

Depois de três meses a viver nesta terra de filetes… É bom que já tenha aprendido alguns hábitos suecos. Aqui os partilho convosco:
  • Apresentações: Estes suecos são tarados pelas apresentações: só falam se forem apresentados, por isso se tivermos com mais amigos e eles não se conhecerem temos que os apresentar que eles não se orientam sozinhos.
  • Cumprimento: Quando se conhece alguém, dá-se um passou-bem. À segunda vez já se dá o famoso abraço sueco. Ora o abraço sueco tem a sue arte que eu ainda ando a tentar decifrar. Trata-se de um meio-abraço, que pode possuir algumas variações, desde umas palmadinhas nas costas até ao auge da intimidade no qual se encostam as caras e para os mais ousados se pode chegar a dar um beijinho. O grau de intensidade com que se aperta o abraço tem a ver com o nível de amizade que temos com a pessoa… Entendido? Eu… quando me apresentavam… queria logo abraçar toda a gente… ERRADO! Isto resultava numa luta de indecisão e hesitação entre mim e o coitado que estava a cumprimentar! Ou então um manhoso roçar de caras que é a coisa mais estúpida de todos os tempos, como deu a Raquel ao meu colega de casa! Hehe
  • Visitar a casa das pessoas inclui deixarem os sapatos na entrada. O cuidado das meias tem que ser especial: nada de meias com buracos, bonecos foleiros, ou sair de casa à pressa com uma meia de cada naipe porque depois acontece-vos o mesmo que a mim: No fim do dia vou visitar um casal amigo e tenho k mostrar as ditas… Em vez disso comprem meias de famosos designer suecos e não se raltem tanto com os sapatos.
  • Filas: Não há filas… Tem que se tirar senha para tudo. Assim que entrem nalgum lado procurem imediatamente a máquina das senhas!
  • Pão: O pão corta-se às metades, como para fazer uma sandes… mas não as ponham juntas!!! Em vez disso come-se uma de cada vez e deve-se ter um cuidado especial ao tratar do pãozinho: primeiro vai a manteiga, depois tudo o que possam imaginar, por camadas: queijo, pepino, pimento, bolas de carne frias, peixe fumado, compota de laranja, peixe cru, caviar, beterraba com maionese, camarões… Quanto mais ingredientes tiver melhor, se os conseguirem equilibrar!!! A semana passada voltei ao meu querido pão com manteiga… o meu estômago já não se estava a dar bem com as misturas.
  • Não COMAM: Uma coisa que parece que está numa embalagem de manteiga e tem ar de saladinha com maionese: É maionese com Frutas!!! Nojento!!! Depois há outra coisa k parece um tijolo castanho, ou uma barra de plasticina…. È queijo norueguês, a coisa mais estranha de sempre. Tem a mesma consistência da plasticina, até dá para fazer bonequinhos. É queijo de leite condensado de cabra cozido. Mas o que é mesmo mau é a versão em creme… Não se deixem enganar!
  • Refeições: Ao pequeno-almoço come-se que nem um porco. Não se almoça, ou então petisca-se qualquer coisa às 11h30, meio-dia. Janta-se às 6h00
  • Viagens: Não se orgulhem de ter ido a Berlim ou à Noruega… como eu… em conversa com qualquer sueco irão descobrir que todos eles já deram pelo menos duas voltas ao mundo depois de acabado o liceu…
  • Moda sueca: Gosto especialmente da moda sueca. Aqui as pessoas não têm o hábito de se arranjar muito mas usam coisas tão trendy que fica um resultado mesmo giro. Agora sou fã das leggins, e também quero um par de óculos vintage… daqueles óculos para ver gigantes que a nossa avó usava, com aros dourados, pretos ou castanhos… lindo!!! A moda masculina, contudo, ainda não me convence muito. O cabelo é curto dos lados e depois com uma franjinha oleosa caída à frente… Óculos de aros de plástico e a roupa toda dois tamanhos abaixo do que devia ser.
  • Homem que é homem MACHO, na Suécia, orgulha-se de passear nas ruas com o seu cãozinho lulu, com o pelinho aparado em bolinhas… ou então um Chiwawa (hehe… não resisto)
  • Instruam-se em jogos de tabuleiro, pois vão passar muito tempo a jogá-los… tarde e tardes…
  • Preparem-se para sair e bombar a noite toda sem beber um único copo de álcool…
  • Preparem-se para ser expulsos das esplanadas dos cafés às 10h00 da noite, e dos bares à uma…
  • Não falem alto na rua.
  • Esperem ir a muitas sessões de cinema ao ar livre… mesmo que esteja a chover ou um briol do caraças…
  • Arranjem muitos amigos porque as melhores festas são em casa!
  • Enfeitem as janelinhas como montras, com velinhas, plantas e bonecos de porcelana, virados para a rua…
  • Como diz um amigo meu, o lema da Suécia é “Cosy inside!”

E preparem-se, pois incrivelmente vão-se apaixonar por todos esses hábitos estranhos… E, uma vez acontecido isso, nunca mais serão iguais!

Ao som de: Ryan Adams - Rip Off

domingo, 28 de setembro de 2008

Receitas da Filipa


Sem dúvida que o ponto alto do meu estágio na Montez Champalimaud foi a belíssima estadia de uma semana na Quinta do Côtto, onde aprendemos tudo sobre o vinho. Para além de ter partilhado esta experiência com três meninas espetaculares, pude desfrutar da paisagem maravilhosa de um dos paraísos do mundo, e partilhar os dias numa Quinta onde o tempo parou algures no século XVIII.

Hoje dedico este post à nossa caseira... a Filipa, que tanto nos apaparicou com belos almoços caseiros na cozinha da Quinta, servidos num meio-tronco de carvalho. Rodeadas de cabeças de gazelas e veados, com um forno de pedra gigante e muito vinho, saboreávamos os petiscos transmontanos.

Ao meio da manhã ou da tarde, um bolinho... e se nos apetecia alguma coisa era só gritar: "FILIPAAAA!!!! Café!!!" E lá aparecia, sempre obediente, a coitada de Filipa.

Receitas partilhadas em cima do balcão da cozinha, numa folga do trabalho, cedidas pela Filipaa e uma velhinha, receitas de Portugal, com a herença de gerações, que saboreámos com café ou um belo vinho do porto:


Leite creme da Filipa:
  • 1 litro de leite
  • 6 gemas
  • 4 colheres de farinha rasas
  • açúcar a olho
  • casca de limão

Pudim caseiro:

  • 6 gemas
  • 1 ovo inteiro
  • 7 colheres de açúcar
  • 1/2 litro de leite
  • casca de limão (mexer e tirar)
  • Colocar na forma, dentro de um tacho, em banho maria, e deixar ferver 20 minutos

Bolo de maçã:

  • 7 ovos inteiros
  • 7 colheres de sopa de açúcar
  • 1 ou 2 maçãs
  • molho de caramelo
  • 3 colheres de farinha
  • Pôr a massa na forma (não é preciso untar), colocar as maçãs aos quartos por cima, e de seguida o molho de caramelo. Levar ao forno.

Bolo de Laranja

  • 6 ovos inteiros
  • 3 canecas de açúcar
  • 3 canecas de farinha
  • 1/2 caneca ou menos de óleo
  • Sumo de laranja
  • Dá para fazer bolo de iogure, colocando-o em vez do sumo de laranja

Semifrio de Pêssego

  • 6 madalenas (aqueles quequezinhos quadrados) - colocar numa forma
  • Pêssego partido, de lata (colocar por cima)
  • Calda do pêssego, por cima
  • 2 pacotes de natas batidas c açúcar, última camada
  • Enfeitar c bolacha maria desfeita, mais um pouco de calda de pêssego
  • Pôr no frigorífico
Recomendo o leite creme, especialmente :)


Ao som de: Deolinda - Canção ao Lado

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Minha Malmö

Pois é… às vezes deixo-me levar tanto pelo sentimento… essa minha veia tão portuguesa de viver sempre em nostalgia, a sonhar, com cabeça no ar, que me esqueço de pensar no mundo real.

Reparei que pouco escrevi sobre a minha cidade. A cidade que aprendi a amar como se fosse minha, quase que contra a minha vontade. Tirei também poucas fotos. Hoje sinto-me como se acordasse e percebesse que, de repente, já passaram mais de 3 meses. E parece que acabei de chegar...

Levei o meu tempo a tecer a minha vida aqui, a criar tramas, ligações. Posso dizer que levei três meses, a ter os meus amigos: a minha família provisória, mas que vai ficar para sempre no meu coração. Foi difícil ao início, largar tudo, mas já me tinha esquecido como é bom começar do zero, e como tudo é tão belo, tanto à despedida (de Portugal), como à descoberta. Como é bom ter o coração a bater a mil e o imprevisto sempre À porta, deixando espaço para todas as boas surpresas.

Hoje faz sol em Malmö. O céu está azul, muito azul, um azul tinta, carregado, mas brilhante. “Vocês não têm deste céu em Portugal, é o céu escandinavo” diz um dos dos meus chefes suecos. “E no inverno, se tivermos muita sorte e nevar, a neve reflecte o sol e aí sim, fica tudo lindo!” Acrescenta Emma, a minha colega sueca que ontem me levou a sair a um concerto de músicas do Prince num dos clubes de Malmö. Foi muito giro. Eu, de frente ao meu computador, intercalo um relatório de Marketing de vinhos com visitas pontuais aos blogues do pessoal e dou por mim a viajar pela Índia, Peru, Espanha, Alemanha… enquanto não consigo manter a minha concentração e sou assolada por ondas de nostalgia que me fazem escrever… escrever…

Mas as minhas palavras todas não chegam para descrever o tanto que acontece nos meus dias. As surpresas que tenho, as pessoas que encontro, os festivais em que estive, as festas nos parques, cultura, concertos e cinemas ao ar livre. Mas amo especialmente, aqueles dias em que saio de casa e não sei o que me vai acontecer. E acabo numa casa de Erasmus a beber Baileys e partilhar experiências com pessoas que conheci no caminho. Ou numa Street party do European social Forum, terminando numa Qweer party num cinema alternativo. Ou a passar a noite a passear nos canais de Malmo a ver concertos tocados dentro de um barco. Ou a fumar sheesha num bar árabe com um iraquiano chamado Osama, ironicamente no dia 11 de Setembro. Ou tanto mais.

Também gosto da sensação de achar perfeitamente natural que vá sair e nenhuma das pessoas seja do mesmo país. Ser “normal” sair com nacionalidades tão exóticas e diferentes, todos os dias: Vietname, Uruguai, Lituânia, França, Espanha, Ucrânia, Suíça, Austrália, e, claro, Suécia…

Já são 16h12. Em breve acabou o meu dia de trabalho. Ainda tenho tempo de passear um pouco, viver sem stress nem horários de transportes.

A caminho de casa passo sempre pela Stortorget (que significa praça grande), a praça principal de Malmo, sempre com turistas. Colada à Sortoget fica Lilla Torg (praça pequena - que falta de imaginação) onde passo para tomar um café na esplanada. Vivo mesmo no centro da cidade, na zona chique, embora sinta um encanto especial pelo bairro mais a interior: Möllen, que é, como costuma ser chamado, a “pequena Berlim”. E realmente faz lembrar.

Stortorget

Lilla Torg


E hoje talvez vá apenas descansar, respirar fundo… Ou talvez não.

Há sempre espaço para a descoberta…

Ao som de: Canteca de Macao - Los pies en aire

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O ninho

São nestas noites que percebo que não interessa estar nas florestas da Malásia, nas dunas de Singapura ou nas selvas de Moçambique. O que interessa é o que está dentro do nosso ninho... E por dentro todas as casas são iguais...

E os sorrisos são os mesmos, universais.

O que fica são os laços que construímos, as palavras trocadas por todos numa língua esforçada, mas sicera. O que fica é saber que nos aceitam, que nos querem e que, se passámos, deixámos marca.

Nesta noite, ficou o nosso ninho.

Actos tão simples que podiam ser apenas mais um dia qualquer. Um jantar qualquer, uns jogos de tabuleiro, as visitas do costume.

Mas na sua naturalidade foram o mundo. Porque me fizeram sentir, pela primeira vez,

...em casa.

Ao som de: José González - The Nest

Sintomas de ser emigrante...

Passado 3 meses preenchidos com uma sensação constante de nostalgia começam a aparecer os novos sintomas da doença de ser emigrante…

A fase dois começa-se a manifestar de uma forma preocupante. Ora se há alguns que insistem em comer sopas transmontanas congeladas e deixar crescer o bigode, eu passo os dias a ouvir fado… E quando não estou a ouvir estou sempre com aquela moinha na cabeça, sempre ali moer… tã tã… Nem me deixa pensar! Dou por mim a cantar fado no escritório, no duche, quando vou sair… Socorro!!!





Ando também com uma vontade louca de comer castanhas assadas...

A fase terminal de loucura será começar a ouvir estas músicas…



A partir daí já não há retorno!!! Vou começar a falar com um sotaque manhoso, a fazer crochet, ver RTP internacional e a cozer bacalhau todos os dias!!!

Este fim-de-semana tenho festa dos imigrantes na associação de Portugueses de Malmo juntamente com um grupo de homens das obras Portugueses que vieram cá fazer um trabalhinho para a nossa empresa, e dos quais eu fui nomeada intérprete e anfitriã.
Hoje vou cozinhar bacalhau com natas…

Segurem-me!!!

Ao som de: Ana Moura - Fado das horas incertas

domingo, 14 de setembro de 2008

MVA

Ontem foi uma grande noite.

Quem me dera ter estado convosco.

Ao menos posso dizer que vocês estiveram comigo. E ainda estão, todos os dias, por cima da minha caminha:

Vocês e a minha cara de idiota, mesmo no meio! :S

Um grande beijinho, meus queridos amigos ordinários, ratos do deserto, "povo africano"!!!

Guardem-se para muitos mais jantares, quando eu voltar!

sábado, 13 de setembro de 2008

Agora é que vão ser elas...

Com pézinhos de lã lá ele se aproxima... a cada dia mais perto para nos roubar todas as coisas que nos fazem felizes.

E chegou, sem darmos conta, o mais temível dos pesadelos da Suécia...... o Inverno.

Chegou para ficar... e piorar!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O sol já se escondeu

"O Sol já se escondeu...
Precisamente quando,
feliz,
eu desatei a cantar.
(Só por feliz eu cantei.)

Agora quero acabar,
que já me dói a garganta,
mas vou ainda cantando,
temendo
dar por mim de novo triste
assim que esteja calado.
(...Como se a minha Alegria
nascesse de eu ter cantado.) "

Sebastião da Gama - Serra-mãe, 2ªEd. (1957)

Dei com esta foto por aqui no meu PC. :)

Tenho saudades vossas, meninos, e dos nossos pôres do sol...

Ao som de: "100 years - Five For Fighting"

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tango

Pedalo pelas ruas de Malmö. Mapa na mesma mão que guia o volante, telefone na outra, dando as horas e dizendo, que mais uma vez, estou atrasada. Frederiksbergsgatan, é a rua que tenho de encontrar, número 7. Entretanto começa a chover. Eu já nem uso casaco, já aceito a chuva como uma coisa natural, é como estar ao sol ou à sombra, por isso continuo a pedalar e a procurar o local para a minha primeira aula de tango.
Lá encontro o número 7, mas a entrada nem vê-la. Aqui na Suécia não existem indicações com andares como nós temos o 1º dto, ou 3º esq. Como não havia nenhum andar a dizer Tango, lá tive que andar a perguntar aos locais, que pelos vistos também não me conseguiam ajudar.

Entretanto um senhor mete conversa: “What language do you speak?; “English, Portuguese…”; “Portuguesa? É Portuguesa?”

Acontece que este senhor era o tesoureiro da Associação de Portugueses de Malmö, que por coincidência está a alugar a cave à companhia de tango à qual pertence o meu colega de casa!

Lá fui eu encaminhada ao local que ficava numa entrada recôndita da garagem do prédio, ter o meu primeiro contacto com mais um novo mundo, onde, nos próximos meses, tentarei aprender uma nova língua, a dos corpos.

No dia seguinte o Daniel convidou-me a participar noutra aula que está a dar em Lund. O local é uma sala de festas que pertence a uma República, não esquecendo que Lund é uma cidade de estudantes. Ando, pela primeira vez, de carro em terras Malmenses. E mais uma vez sinto o prazer destas coisas pequeninas que nós tantas vezes damos como adquiridas… janela meio aberta e a brisa a entrar, vou inspirando as searas por onde passamos e olhando a linha do horizonte, numa terra onde os campos são totalmente lisos....

Em Lund, com um ambiente mais livre e criativo, tive a minha segunda aula, onde aprendi a interagir, e a ser guiada. O tango cria, inevitavelmente, um laço, uma confidência entre duas pessoas. Daí que toda uma pequena comunidade se cria em volta dele, e é impossível não dançar sem começar a conversar com o nosso par, fazer perguntas, conhecer, ainda mais caras e histórias.

Para finalizar tinha uma pequena surpresa. O Daniel esqueceu-se de me avisar que, depois da aula teoria havia aula prática, que é basicamente um baile que se estende durante a noite onde dançamos e somos convidados a dançar. Aqui foram chegando ainda mais pessoas, mais ou menos experientes, algumas caras já para mim conhecidas, que sem qualquer hesitação se libertavam de qualquer vergonha ou preconceito e apenas dançavam, pelo simples prazer de dançar.

Eu lá fui deixando-me levar, embalada pelas vozes, risos e música.

E assim eu, que nunca sei como irá acabar o meu dia, vivi mais uma noite surpresas e magia, de portas abertas para mais um novo mundo…

Ao som de: Frederico Aubele - En Cada Lugar

(Como não há no youtube deixo esta - Postales)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Por aqui... apaixonada

Confesso: Rendo-me à Suécia.

Ajoelho-me perante mim e peço perdão por duvidar alguma vez que nunca me iria apaixonar por este pedaço de terra, por estas gentes.

Agora já estou tão cheia que as memórias transbordam em mim, apanham-se aos molhos e escorrem-me pelas mãos. E o tempo parece que nunca chega, os minutos carregam o mundo dentro de si, eu sou pequena demais para isto tudo. Para as pessoas que vou conhecendo e quero conhecer, os momentos que quero partilhar, as portas que quero abrir...

De repente parece que nada chega. Os meus olhos carregam tanta coisa, tanta magia. Trazem em si o azul, branco, verde, respiram com outro ritmo, como já ouvi contar. Onde tudo tem outra calma, outro andar. E cada dia é vivido com o encanto da descoberta, de saber que fui eu que o construí e sou agora responável por ele.

Por aqui ainda não se parou. Algumas, muitas viagens. Muitas caras amigas. Depois dos primeiros encontros, tenho agora reencontros, agora já reconheço, agora já lembro e sou lembrada...

Por aqui,

apaixonada...


Algumas das viagens que fiz embora seja apenas uma gotinha no oceano do que vi...

Estocolmo, em tons pastel... TIBANA!!!

Lindo Oslo, azul e branco, muito mar, alguns encontros, muitos amigos, e a melhor noite de sempre!

Aiai, vida boa...

Ao som de: Silence 4 - Ceilings