quarta-feira, 30 de julho de 2008

Casa


Fecho os olhos e deixo -me encostar a este repouso. E suspiro. Se os fechar consigo sentir o mundo a dar-me as boas vindas, a acolher-me a a cuidar de mim.

Deixo o sol bater-me na cara.
Aquecer-me os braços... os dedos... as faces... Deixo o sange circular-me um pouco mais lentamente nas artérias e revitalizar-me os órgãos.

Inspiro devagar.

Se escutar com muita atenção consigo ouvir a bênção da natureza que é o rumor do vento nos pinheiros e, ao longe, o som das ondas do mar...

E se inspirar com atenção consigo sentir todos os aromas da terra, céu e mar... A caruma dos pinheiros, o sal, as algas, e o cheiro a areia...

O sol aconchega-me o rosto e a brisa acaricia-me, como se me quisesse conquistar.

É o mundo inteiro naquele lugar. O reencontro de uma paixão, de o maior de todos os amores.

"Bem vinda a casa." Disse-me o Lugar, com todas as palavras da Natureza.
"Que saudades tinha de ti, meu amor..." Disse-lhe eu, com todas as palavras da minha alma.


3 comentários:

Dinis disse...

temos poetiza... tu prometes!

;)

Lígia disse...

Dinis!
Sempre em cima do acontecimento! ;)

Um viajante na expectativa... disse...

...não me fales do solzinho!!!!

Que saudades tenho das nossas cidades luminosas :D

Besos del Peru,

Daniel Pinto