Na penumbra outonal, não sei quem tece
As rendas do silêncio… Olha, anoitece!
- Brumas longínquas do País do Vago…
Veludos a ondear… Mistério mago…
Encantamento… A hora que não esquece,
A luz que a pouco e pouco desfalece,
Que lança em mim a bênção dum afago…
Outono dos crepúsculos doirados,
De púrpuras, damascos e brocados!
- Vestes a terra inteira de esplendor!
Outono das tardinhas silenciosas,
Das magníficas noites voluptuosas
Em que eu soluço a delirar de amor…
Outunal, Florbela Espanca
Por aqui tudo tão lindo... pareço uma criança a contemplar a existência pela primeira vez... as folhas douradas e o pôr do sol... as coisas simples que tanto nos esquecemos de lembrar...
Porque às vezes é tão bom estarmos apenas sós, tiramos um momento, porque queremos, e desligarmo-nos do resto do Mundo, e contudo sentirmos que nunca estivemos tão próximos dele.
Ser feliz apenas porque respiramos fundo...
(e é essa a felicidade sueca, essa sensação de paz interior)
Outono em Malmö. Maravilhoso:
1 comentário:
A tua bicicleta é da mesma cor da minha?! AAAAAAAHHHHHHHHHhhhhh :P
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