domingo, 15 de março de 2009

Dias em Troia


Há dias em que o passado nos cai nas mãos, como uma pedra
Há dias de espera,
Há dias que apenas passam como andorinhas,
E que amanhã nem sabem que existiram.

Há dias de sol, mar e gaivotas
Dia de ser a pessoa mais feliz do mundo, e sabê-lo

Há dias de lucidez
E de doce loucura
Dias de espanto
Dias de angústia
Dias de erro
Há dias e dias que constroem
E há dias de procura
Há dias que insistem em voltar, quando já se julgavam apagados
Há dias presentes em nós todos os dias.
E há dias que não acreditamos terem sido dias.

Há dias que apenas vivem no passado
E dias que nunca chegaram ser dias.

Há dias em que fomos reis e rainhas
Há dias de gritarmos o nosso nome bem alto
Há dias em que gritámos o nome de outro alguém.

Há dias de sentar à beira-mar e perder o tempo.
Procurar perguntas no fundo do mar.
Dias de casas azuis e brancas, e cegonhas.
Reencontrar o que se sonhou durante tanto momento.
O meu lugar para pensar.
A minha praia.

Há dias como o de hoje, apenas para ficar.

Há dias como o de hoje,
…compassos de espera entre ingénuas certezas…

1 comentário:

Papoila disse...

Não penses demais!

Há dias em que faz bem não pensar...